quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dadaísmo

Marcel Duchamp, "Fonte" (1917)
O Dadaísmo foi o movimento mais internacional de todos. Nasceu em Zurique, na Suíça, a partir do Cabaret Voltaire em 1916 e os seus fundadores foram o romeno Tristan Tzara e o alemão Hugo Ball.
O auge do período dadaísta esteve entre os anos 1915 e 1923 e Marcel Duchamp (1887 a 1968) foi um dos célebres artistas dadaístas . Para além deste, o Dadaísmo intelectuais de proveniências diversas e as suas raízes no Futurismo, no Expressionismo e no Abstraccionismo.
O nome “Dada” foi encontrado ao acaso num dicionário de alemão-francês quando o grupo procurava um nome para a estrela do momento na casa e não tem qualquer significado preciso.
Características:
- O Dadaísmo é critico em relação á sociedade do Pós 1ª Guerra Mundial;
- Rejeita:  
o belicismo;
o nacionalismo;
Man Ray, "Presente" (1921)
- Nega totalmente:
a razão;
a arte tradicional;
a literatura tradicional;
- Proclama:
a espontaneidade; 
o acaso;
 a dúvida absoluta;
o primado dúvida absoluta;
o primado do instinto, do inconsciente, do radicalismo e do individualismo;
- O único princípio programático admitido é a incoerência;
(Neste sentido se inserem os “ready-made” de Marcel Duchamp (1887 a 1968) que são objectos de fabrico industrial e uso diário que expõem elevando-os á categoria de arte pelo simples facto de serem seleccionados pelo artista)
- Os trabalhos espelham uma abordagem provocadora;
- Não interessa criar nada, descobrir uma nova linguagem ou ordem ("A pintura é andar, correr, beber, dormir e fazer as necessidades" citado por Artur Cravan).
John Hartfield, "Adolf, "o Super - Homem,
Engole Ouro e Soa a Falso" (1931)

Entre os artistas mais representativos do Dadaísmo na pintura contam-se: Tristan Tzara (1896 a 1963), Hugo Ball (1886 a 1927), Marcel Duchamp (1887 a 1968), Max Ernst (1891 a 1976), Man Ray (1890 a 1976), Hans Arp (1886 a 1966), Julius Evola (1898 a 1974), Francis Picabia (1879 a 1953), Raoul Hausmann (1886 a 1971), Guillaume Apollinaire (1880 a 1918), Richard Hülsenbeck (1892 a 1974), Marcel Janco (1895 a 1984) e Hans Richter (1888 a 1976).

Obras Dadaístas:
Marcel Duchamp, "Nu Descendo as Escadas Nº2" ca. (1911);
Marcel Duchamp, "Fonte" (1917);
Max Ernest, "Adoentado o Cavalo ..." (1920);
Kurt Schwitters, "Merzbilder 1A, O Psiquiatra" (1920/21);
Man Ray, "Presente" (1921);
John Hartfield, "Adolf, "o Super - Homem, Engole Ouro e Soa a Falso" (1931);
Piero Manzoni, "Latas de Merda de Artista" (1961).
Piero Manzoni, "Latas de Merda de Artista" (1961)
Trata-se do trabalho “Merda d’Artista”: fezes de Manzoni enlatadas e vendidas  a peso pelo equivalente a 1 euro. Foram um sucesso! As 90 latas  de conserva se espalharam por vários museus pelo mundo

Curiosidade - Receita para fazer um poema dadaísta:
  1. Pegue num jornal.
  2. Pegue numa tesoura.
  3. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar ao seu poema.
  4. Recorte o artigo.
  5. Recorte em seguida, com atenção, algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
  6. Agite suavemente.
  7. Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
  8. Copie, precisamente, na ordem em que elas são tiradas do saco.
  9. O poema está concluido.

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