quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Surrealismo

Salvador Dalí, “Persistência da Memória” (1931)
O movimento dadaísta foi o precursor do Surrealismo, da teoria irracional e do inconsciente da arte. Este foi um movimento politicamente comprometido (adepto do comunismo e critico do fascismo) e optimista (porque crê no Homem Novo)
Tal como o Dadaísmo, o movimento Surrealismo, também surgiu em Zurique (Suiça) com o Manifesto do francês Breton de 1924 (“Manifesto do Surrealismo” – marca o nascimento histórico do movimento) e a inspiração provem essencialmente do niilismo Dadaísmo, da arte africana e sul-americana e da teoria psicanalista de Freud
O período do realismo teve o seu auge entre os anos 1924 e 1941, e os seus artistas mais célebres foram André Breton (1896 a 1966) e Salvador Dali (1904 a 1989). As suas influências derivam de Freud ()
O Surrealismo teve mais expressão em áreas como o Cinema, a Fotografia, a Literatura, o Teatro e as Artes Plásticas.

Balthus, “A Montanha” (1937)
Características:
- O objecto de representação é o surreal (o que está para além da realidades, o mundo do inconsciente);
- A fantasia, os estados de tristeza e melancolia exerceram grande atracção sobre os surrealistas;
- Crítica à racionalidade burguesa em favor do 'maravilhoso', do fantástico e dos sonhos;
- Humor negro, cuja presença corrosiva é, por excelência, o principio de subversão da linguagem;
- Defendem a primazia do onírico (Mundo dos sonhos) e do subjectivo, do subconsciente e da escrita automática;
- As composições surrealistas povoam-se de imagens estranhas, semelhantes á dos sonhos, cujo significado profundo nem sempre é fácil de desvendar. Sugerem um certo mistério.
Os surrealistas procuram libertar o mundo para o lado passional, para o inconsciente que havia sido revelado pelo psicanalista Freud. Os Sonhos e desejos são o material favorito dos surrealistas. O artista tenta colocar em contacto o seu subconsciente com a obra de arte, eliminando a consciência no acto criativo. Serve-se de múltiplos caminhos: os sonhos, os mitos, a fantasia, as visões, as alucinações. Com tudo isso, os surrealistas pretendem encontrar a percepção sensitiva e as possibilidades de expressão.

Os artistas do surrealismo que mais se destacaram foram Alberto Giacometti (1901 a 1966), Antonin Artaud (1896 a 1948), Salvador Dalí (1904 a 1989), Joan Miró(1893 a 1983),  René Magritte (1898 a 1967), Max Ernst (1891 a 1976), Luis Buñuel (1900 a 1983),  Paul Éluard (1895 a 1952), Louis Aragon (1897 a 1982) e Jacques Prévert (1900 a 1977).

Obras surrealistas:
Joan Miró, “O Carnaval de Arlequim” (1924/25);
Max Ernest, “A Grande Floresta” (1927);
Salvador Dalí, “Persistência da Memória” (1931);
Max Ernest, “A Floresta Petrificada” (1933);
Meret Oppenheim, “Déjeuner em Fourrure” (1936);
Savador Dalí, “A Girafa Ardente” (1936/37);
Paul Delvaux, “O Nascimento do Dia” (1937);
Balthus, “A Montanha” (1937);
André Masson, “O Fio de Ariadna” (1938);
René Magritte, “Golconde” (1953).

René Magritte, “Golconde” (1953)

A multidão de Magritte faz-se de homens iguais, uma multidão de um homem só, que se esconde no meio de outros homens iguais, com roupas que lhe permitem viver na penumbra, esquecido dos outros, para se conseguir esquecer de si. A multidão de Magritte é uma multidão de homens anónimos, que se esforçam para passar indiferentes, um perdido no meio de todos, numa praça que fica vazia por estar cheia de pessoas iguais.


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